<p>Milhões de casos foram registados de orações ouvidas e respondidas. Entre eles estão o pequeno Samuel; Ismael; Maria Madalena; o ladrão na cruz; Ananias foi instruído a socorrer Saulo, o perseguidor ferido, pois “eis que ele estava orando”. Porém, inúmeras orações foram lidas e oferecidas, e não foram respondidas. Então qual é a forma aceitável e qual é o meio designado para que obtenhamos acesso a Deus pelos quais a oração é santificada e aceite?</p>
<p><br />O Salvador disse:<em><strong> “Se me amais, guardai os meus mandamentos… E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei”</strong> </em>(João 14:15,13). Um senso da nossa necessidade e da nossa indignidade conduz-nos a Deus através daquele novo e vivo caminho consagrado por Cristo através do véu, isto é, da sua carne (Hebreus 10:20). Dessa forma, podemos aproximar-nos “com confiança”, pois ele é o <em><strong>“trono da graça”</strong></em> e é somente ali que podemos <em><strong>“alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.”</strong></em> Que trono maravilhoso! Que bendito encorajamento isso é para o pobre peregrino, que está a atravessar um deserto cercado de inimigos, dos quais o seu próprio coração é, por natureza, um dos piores deles!</p>
<p><br />É muito importante para todos, especialmente para os jovens, adquirir ideias corretas e precisas acerca das verdades cristãs. Bunyan tinha uma visão notavelmente clara, decorrente dos seus fortes sentimentos e do caminho pelo qual foi conduzido a Cristo. A sua definição da diferença entre a graça e a misericórdia é impressionante: <em><strong>“Misericórdia significa piedade para aqueles que estão numa condição miserável. A graça atua como um agente livre, não é causada pela nossa miséria, mas pela própria mente majestosa de Deus.”</strong></em></p>
<p><br />Cristo é o trono da graça — nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade e, tendo assumido a forma de homem, tomou sobre si a descendência de Abraão, foi feito semelhante aos seus irmãos e ofereceu-se a si mesmo como sacrifício pelo pecado. Assim, ele é o trono da graça localizado sobre propiciatório que cobre e guarda a lei.</p>
<p><br />Preste atenção, pecador, esse é o seu único acesso ao céu. O propiciatório e o trono da graça é o lugar do repouso de Deus; o trono a partir do qual ele governa a sua igreja e que eventualmente governará todas as nações. Esse trono, invisível aos olhos mortais, está presente em todos os tempos e em todos os lugares. Depois de os santos terem sido supridos com toda a graça necessária neste mundo, os seus espíritos glorificados verão o grande trono branco e ouvirão a voz que dele procede, dizendo: “<em><strong>Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o reino que foi preparado para vós”</strong></em>; enquanto que daquele mesmo trono serão lançados raios terríveis sobre os que desprezaram a graça divina e eles serão lançados numa miséria irremediável.</p>
<p><br />A segurança do cristão depende inteiramente de ele ser encontrado “olhando para Jesus” — o seu corpo humano glorificado é o trono da graça, a fonte de toda a bem-aventurança para os seus adoradores, a porta do céu, bem como o caminho, a verdade e a vida. Sim, homem orgulhoso, aquele que foi um bebé em Belém, o filho do pobre carpinteiro, o qual, apesar dos seus milagres de sabedoria, de poder e de misericórdia, foi desprezado e rejeitado pelos homens, Deus o exaltou a Príncipe e Salvador, para conceder arrependimento e remissão de pecados e para ser o único meio de acesso ao céu. Diante dele todo o joelho se dobrará. As maravilhas da graça de Deus pertencem a ele.</p>
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