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Filosofia e estética
Hans Rookmaaker é autor best-seller internacional.
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Decerto nenhum aspecto da realidade, incluindo obviamente a arte, sobrevive ou tem sentido em si mesmo quando isolado da sua coerência mútua com os restantes aspectos; porém, cabe-nos então a pergunta: é necessário que a arte, e em especial a arte cristã (que não é necessariamente arte sacra), se submeta a algum projeto moralizante ou doutrinário a fim de que o artista cristão cumpra a sua vocação e propósito? A resposta, talvez surpreendente para aqueles que não estão familiarizados com o pensamento de Rookmaaker, é uma negação impetuosa.
De facto, habituamo-nos com a afirmação: a arte não precisa de justificativa; isto, contudo, não significa – para valermo-nos do vocabulário de Herman Dooyeweerd, tão caro à análise estética presente nesta obra – numa pretensa autonomia da arte, como se fosse possível olharmos para um quadro ou lermos um poema sem que a nossa sensibilidade e juízo não se “contaminassem” com os valores que nos são mais caros.