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Jornada para o inferno
<p>O escritor puritano John Bunyan ficou extremamente conhecido pelos cristãos através da sua obra de ficção <em>O peregrino</em>, que ilustrada de forma simples, mas profunda, a história da salvação, por meio da estória de "Cristão" o personagem que sente o seu fardo preso às costas e com a ajuda de um personagem chamado "Evangelista", sai da sua zona de conforto e parte em direção a outra terra para se ver livre do fardo.</p>
<p><br />Esta obra é um dos livros cristãos mais vendidos até hoje e é utilizado como auxilio para que jovens, crianças e adultos cheguem à compreensão de como o homem se encontra quando é pecador e as lutas que enfrentará para se ver livre dessa condenação.</p>
<p><br />Em <em><strong>Jornada para o inferno</strong></em>, a perspectiva é praticamente a mesma. John Bunyan faz uso dos mesmos artifícios ilustrativos e aborda o mesmo assunto, ou seja, a vida do homem pecador.</p>
<p><br />O que diferencia a obra anterior desta é que em <em>O peregrino o leitor depara-se com a vida do personagem "Cristão", logo temos a vida vitoriosa do servo de Deus que alcança o tão desejado descanso eterno com Deus, na obra <strong>Jornada para o inferno</strong></em>"a abordagem é completamente contrária, ou seja, neste caso a estória trata de um personagem que durante a sua vida não deu atenção aos ensinos do Evangelho, não se preocupou com a vida eterna e teve um final trágico.</p>
<p><br />O personagem principal nesta obra é o "Senhor Mau" e na alegoria este depara-se com a iniquidade, a depravação e a carnalidade.</p>
<p><br />Para os leitores que leram <em>O peregrino</em> percebem simultaneamente as similaridades entre ambas as obras, entretanto o carácter de aconselhamento nesta é bem mais persuasivo devido ao teor da obra.</p>
<p><br />Obviamente que não temos apenas personagens negativas, a alegoria também conta com personagens como "Prudente" que vai demonstrar ao leitor como ter uma vida contrária àquela da personagem principal.</p>
<p><br />Este é um livro de leitura fácil, pois é escrito de forma simples e nele o leitor é elucidado a como experimentar alegria nos momentos de dificuldade, as consequências de uma vida pecaminosa, o ensinamento de uma vida cristã, como não ser condenado no juízo de Deus, como viver para agradar a Deus e muitas outras formas de ter uma vida feliz glorificando a Deus.</p>
<p><br />Temos certeza que este livro trará muitos benefícios à vida cristã do leitor e também momentos de lazer e aprendizagem ao acompanhar os momentos de cada personagem.</p>
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Futebol é bom para o cristão
<p>Olhos na bola!</p>
<p><br />O reverendo Emilio Garofalo Neto é um craque, se não de bola, pelo menos da escrita. Diz-se que um bom escritor é aquele capaz de nos faz ver o que sempre esteve diante dos olhos, mas, ainda assim, passava despercebido. É isto que faz Emílio neste livro pequeno, mas precioso.</p>
<p><br />Em primeiro lugar, porque leva a sério a ideia de que devemos olhar o mundo à luz da cosmovisão cristã. Nos dois artigos que compõem este volume, as lentes da perspetiva bíblica de criação, queda e redenção ajudam-nos a compreender a grandeza criacional de um evento desportivo como o campeonato do mundo, a ver como a miséria do pecado tudo corrompe — mesmo tudo, até as nossas melhores criações —, mas também nos dão um vislumbre do dia glorioso em que todos os povos, raças e línguas estarão reunidos, não numa celebração efémera, com a duração de apenas um mês, mas naquela que durará toda a eternidade.</p>
<p><br />Em segundo lugar, porque mostra que é perfeitamente possível deleitar-nos no Senhor ao desfrutar das coisas criadas e que podemos anelar o dia em que herdaremos um corpo glorioso. A excelência física, a criatividade treinada (e também improvisada), o talento, enfim, são evidências da imagem de Deus em nós, imagem cujo potencial pode ser desenvolvido mediante estudo e treino.</p>
<p><br />Em terceiro lugar, porque Emilio não se furta a incluir comentários autobiográficos no texto, o que possibilita ao leitor uma experiência de diálogo e identificação com o autor. Rimos com ele, quando fala da sua “lerdeza” ou da sua falta de “impulsão” para jogar como defesa; lembramos de amigos e conversas marcantes que tivemos quando o lemos citar os seus próprios amigos e conversas; emocionamo-nos quando menciona a ausência do seu pai, com quem assistiu a tantos jogos.</p>
<p><br />Este livro fala à nossa mente e também ao coração, como uma converas entre amigos íntimos. No final, concluímos a leitura num arroubo de entusiasmo similar ao de Galvão Bueno ao ver o golo de Ronaldinho Gaúcho jo gogo do Brasil com a Venezuela, no Campeonato do Mundo de 1999: <em>"olha o que ele fez! olha o que ele fez!."</em></p>
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